Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/11328/795
Title: | Podem as razões subjacentes a uma acção ser as causas (eficientes) dessa Acção? O labirinto do Descontínuo: Gramática, Fenomenologia e ontologia da Acção |
Authors: | Jesus, Paulo Renato |
Keywords: | Acção Identidade narrativa Liberdade Subjectividade Wittgenstein Agency Freedom Narrative identity Selfhood |
Issue Date: | 2011 |
Citation: | Jesus, P. (2011). Podem as razões subjacentes a uma acção ser as causas (eficientes) dessa Acção? O labirinto do Descontínuo: Gramática, Fenomenologia e ontologia da Acção. Revista Portuguesa de Filosofia, 67(1), 131-154. |
Abstract: | Razões e causas tipificam duas gramáticas ou jogos de linguagem que tendem para a inco‑
mensurabilidade. Estas gramáticas instituem uma discriminação qualitativa entre a auto‑efi‑
cácia de se ser alguém e a eficácia simétrica, impessoal, de se ser algo. As razões podem
comportar‑se como causas, embora seja profundamente absurdo interpretar razões como
causas e vice‑versa. Contudo, para que as razões possam assumir tal eficiência causal, é
necessário admitir vários postulados: primeiro, uma ontologia monista assegurando a comu‑
nicação de eficiência dinâmica entre duas cadeias de fenómenos, ou seja, a série de repre‑
sentações intencionais e a série de movimentos corporais, que implicaria a coexistência
entre uma homogeneidade ontológica profunda e uma aparente heterogeneidade superficial;
segundo, uma fenomenologia auto‑vigilante, capaz de reconhecer a peculiaridade do “Eu
sinto” que deve poder acompanhar o “meu agir” e o “meu fazer acontecer”, ainda que acei‑
tando a validade de uma incerteza metafísica invencível. A exploração das relações entre
razões e causas ilustrará o modo como a subjectividade emerge sob o signo de um processo
unificador – mas instável – de construção de sentido. Reasons and causes typify two language games or grammars tending to incommensurability. These grammars institute a qualitative discrimination between the self‑efficacy of being someone and the symmetric, selfless, efficacy of being something. Reasons can behave as causes, although it is fully absurd to interpret reasons as causes and vice‑versa. Yet, in order for reasons to possess causal efficacy, one must assume: first, a monist ontology warranting the communication of dynamic efficiency between two chains of phenomena, that is to say, the chain of intentional representations and that of body movements so that a deep ontological homogeneity may coexist with a surface heterogeneity; second, a self‑alert phenomenology which recognizes the peculiar “I feel” that must be able to accompany “my acting” and “my making happen”, while acknowledging, however, the validity of an invincible metaphysical uncertainty. On exploring the relationships between reasons and causes selfhood emerges here as an unstable but unifying process of meaning‑construction. |
URI: | http://hdl.handle.net/11328/795 |
ISSN: | 0870-5283 |
Appears in Collections: | INPP - Artigos em Revistas Nacionais / Papers in National Journals |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Paulo Jesus_RPF_Razoes-Causas-Acao.pdf | 387.73 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.